Conversão: Lei de Belz
Quanto maior for a energia cinética extraída do
vento pelo aerogerador, maior será a travagem que sofrerá
o vento que deixa o aerogerador pelo lado esquerdo do desenho.
Se teoricamente fosse possível extrair toda a energia do
vento, o ar sairia com velocidade nula, ou melhor, o ar não
poderia abandonar a turbina. Nesse caso não seria possível
extrair nenhuma energia, uma vez que também não
entraria ar no rotor do aerogerador. No outro caso extremo, consideramos
o ar a passar pelo tubo de vento sem nenhum impedimento, também
não será possível extrair energia do vento.
Entre estes dois extremos existe um valor para o qual e mais eficiente
a conversão da energia do vento em energia mecânica
: um aerogerador ira travar até cerca de 2/3 da sua velocidade
inicial. Este valor obtêm-se da formulação
de 1919, realizada pelo físico Albert Betz, e conhecida
como Lei de Betz.
A Lei de Betz diz que só se pode converter menos de 16/27
(59%) da energia cinética em energia mecânica ao
utilizar um aerogerador.
Já foi referido que a potência varia com o cubo da
velocidade do vento, e proporcionalmente com a densidade do ar.
A maior parte da energia eólica está localizada
acima da velocidade média do vento de projecto.Para a produção
de energia eléctrica em grande escala só locais
com valores de velocidades média anuais superiores a 6
m/seg são interessantes, abaixo deste valor já não
existe viabilidade para este tipo de aplicações.
De facto a velocidade à qual os aerogeradores começam
a rodar situa-se nos 3-5 m/s (velocidade de ligação),
no entanto abaixo de 5 m/s a quantidade de energia no vento é
muito baixa, e a turbina apenas começa a funcionar por
volta dos 5 m/s.
Os valores ideias de aproveitamento andam a volta do 9-10 m/seg,
no entanto as turbinas podem ser desenhadas para uma eficiência
máxima dependendo da zona de velocidade de vento onde esteja
a maior parte da energia.
O valor limite estrutural para as turbinas anda a volta do 25
m/seg (velocidade de corte). A estas velocidades as turbinas tem
de ser capazes de dissipar a energia em excesso.