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Estado em Portugal - Actualidade: Solar Fotovoltaico

Actualidade: Solar Fotovoltaico


Quanto ao Fotovoltaico, as principais aplicações em Portugal centram-se nas áreas das telecomunicações, sinalização, electrificação rural e bombagem de água para irrigação, com cerca de 1.000 kWp instalados em 2001, distribuído por:

- 52% sector doméstico (sistemas isolados da rede);
- 20% nos serviços (redes telemóveis, sos, parquímetros, etc.;
- 26% sistema ligados à rede;
- 2% sistemas de I&D.

O país, devido às suas condições climáticas, possui excelentes condições para a conversão fotovoltaica com índices de produção entre os 1000 e os 1500 kWh por ano, por cada kWp instalado.

Várias são as razões apontadas para o fraco desenvolvimento da energia solar em Portugal:

- algumas más experiências no primeiro período de expansão do solar (década de 80), associadas à falta de qualidade dos equipamentos e, sobretudo, das instalações, o que afectou negativamente a sua imagem;

- falta de informação específica sobre as razões do interesse e as possibilidades desta tecnologia junto dos seus potenciais utilizadores;

- custo elevado do investimento inicial, desencorajando a adopção de uma solução que, pode competir com as alternativas convencionais;

- barreiras técnicas e tecnológicas à inovação ao nível da indústria, da construção e da instalação de equipamentos térmicos;

- insuficiência e inadequação das medidas de incentivo.


Entretanto, muitos países fizeram notáveis avanços na promoção desta tecnologia já banalizada em alguns deles e novos e mais fiáveis equipamentos foram aparecendo no mercado, dando origem a uma verdadeira indústria solar térmica e fotovoltaica na Europa. Mesmo em Portugal, para além dos mais variados equipamentos importados, já existem hoje alguns colectores solares térmicos de tecnologia portuguesa, havendo indústria nacional que pode contribuir com o fabrico de equipamentos de qualidade e existindo competência na área da engenharia e capacidade de instalação de sistemas, bem como de controlo e certificação da sua qualidade actualmente a cargo do LECS - Laboratório de Ensaios de Colectores Solares do INETI.

A situação do mercado em Portugal até aqui, porém, tem contrastado com a tendência de expansão que se observa na maior parte dos nossos parceiros europeus. A título comparativo, a Alemanha, onde a radiação solar é muito inferior à nossa (pouco mais de metade em termos médios anuais), é hoje o líder na Europa com mais de 4 milhões de m2 de colectores térmicos instalados e campanhas de incentivos do solar fotovoltaico como a campanha dos "100.000 tectos solares". A Grécia, país muito semelhante a Portugal em termos económicos, energéticos e populacionais, tem um mercado interno anual de solar térmico de 30 vezes superior ao nosso, com cerca de 3 milhões de m2 de colectores térmicos instalados.

Apesar das condições desfavoráveis do mercado nacional, algumas experiências passadas de sucesso com energia solar merecem ser realçadas, existindo ainda muitos sistemas a funcionar convenientemente, há já muitos anos, por todo o país. Alguns foram mesmo objecto de demonstração e monitorização, mostrando claramente o valor da tecnologia.

A nova legislação da Microprodução, que entrou em vigor em 2008, poderá alterar este panorama, uma vez que permite aos consumidores em Baixa Tensão vender a energia produzida através de fontes renováveis, incluindo paineis fotovoltaicos. Ver site www.renovaveisnahora.pt.




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Última actualização 19/06/2019