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Notícias - Notícias
09/01/2013

Energias renováveis ajudam Irlanda a sair da crise


Há quem fale num regresso do “tigre celta”, nome dado ao país há 12 anos, em alusão ao rápido crescimento económico.

A Irlanda, que há dois anos quase declarou insolvência, mostra sinais de crescimento, para o qual têm contribuído também as novas receitas obtidas com as energias renováveis e o imposto sobre as energias fósseis e os resíduos.

O governo teve de assumir dívidas inteiras de bancos para evitar o colapso da economia e, com isso, endividou-se bastante, tendo o défice chegado aos 32 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Há dois anos, a Irlanda recebeu ajuda financeira de 85 mil milhões de euros dos países da Zona Euro e do Fundo Monetário Internacional (FMI) para recuperar as suas finanças.

O país - que agora é considerado o mais verde da Europa, embora há uns anos fosse um dos piores em termos de emissões de gás com efeito de estufa na UE - tem recuperado devido às exportações e às empresas estrangeiras, mas também devido às energias renováveis.

O executivo criou um imposto sobre o uso de combustíveis fósseis em habitações, empresas, fábricas e automóveis, sendo que quanto maior for a emissão de dióxido de carbono do cidadão irlandês, mais elevada será a sua conta. Com esta taxa, o governo angariou cerca de mil milhões de euros em três anos.

Atualmente, qualquer cidadão irlandês paga por qualquer coisa que não seja reciclada e quando compra um carro novo deve pagar um imposto com base nas emissões do seu veículo.

Os irlandeses escolheram enveredar pelas renováveis e fazer reciclagem e os níveis de emissão baixaram 15 por cento desde 2008, segundo o New York Times.

O jornal The Economist escreve que uma recuperação sustentada da Irlanda nos mercados é importante para aumentar a confiança em geral, ajudando outras economias sob resgate, como Portugal.


PER


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Última actualização 19/06/2019