21/11/2014
Em dez anos quase triplicou o número de países com energias renováveis
Nos últimos dez anos o número de países com aproveitamento de energias renováveis praticamente triplicou, tendo passado de 48, em 2004, para mais de 140, em 2014.
Num documento hoje divulgado, a organização REN 21 (Renewable Energy Policy Network for the 21st Century), destaca o facto de ter sido na Europa que mais se assistiu à incorporação de energia produzida com base em fontes renováveis, ao longo dos últimos dez anos.
Um dos países que mais cresceu neste domínio foi precisamente Portugal, que ainda hoje ocupa a quarta posição a nível europeu, no que respeita à percentagem de eletricidade verde consumida face ao total da energia elétrica que nos chega a casa e às empresas.
Há dez anos atrás, prosseguem os analistas da REN 21, a maioria dos governos europeus nem sequer consideravam a hipótese de avaliar o potencial das energias renováveis nos seus sistemas de aprovisionamento energético. Hoje, muitos deles tornaram-se líderes no desenvolvimento de tecnologias aplicadas às renováveis, em combinação com programas de melhoria da eficiência energética.
No ano passado, 13% do total da eletricidade consumida no mundo foi produzida a partir de fontes renováveis, com especial destaque para a biomassa, que foi responsável por quase metade dessa fatia.
China lidera nos investimentos em renováveis
Em termos de volume de investimento, a REN 21, organização mundial com sede em Paris, conclui que em 2004 foram aplicados 31,6 mil milhões de euros no sector das renováveis. Em 2013 os montantes ascenderam a 171,8 mil milhões de euros. A China foi claramente o país que mais investiu, com um total de 45,1 mil milhões de euros. Muito acima da Europa no seu todo, que mesmo assim rondou os 39 mil milhões de euros.
Enquanto que há dez anos se instalaram 30 mil megawatts (MW) de potência renovável, em 2013 foram instalados quase 121 mil MW. Na última década, aliás, este foi o ano em que mais se cresceu em renováveis à escala mundial.
A maior taxa de crescimento anual, em 2013, foi para o segmento do solar fotovoltaico, com um aumento de 28%.
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Expresso