Actualidade: Biocombustíveis líquidos
Recursos em Portugal
A obtenção de bioetanol faz-se, actualmente, a partir de matéria-prima rica em açúcar ou em amido, tais como:
- Milho (potencial interessante)
- Sorgo doce (potencial não apurado)
- Cereais (trigo, centeio, cevada e triticale) – fraco potencial competitivo...
- Beterraba – Potencial, embora seja um mercado em mutação, via OCM
- Batata (normal ou doce) – fraco potencial
- Cardo – potencial por apurar
- Topinambo – potencial por apurar
- Cana-do-Açucar – potencial por apurar
Culturas
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Entre
Douro e Minho
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Trás-
-os-
-montes
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Beira
litoral
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Beira
Interior
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Ribatejo
e Oeste
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Alentejo
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Algarve
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Regiões
Autón.
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Total Portugal
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|
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Trigo
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30
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7016
|
873
|
989
|
11924
|
114427
|
1272
|
33
|
136564
|
Cevada
|
2
|
94
|
30
|
28
|
1088
|
6341
|
268
|
-
|
7851
|
Milho
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64131
|
5097
|
688864
|
15781
|
120502
|
61470
|
2790
|
1001
|
339636
|
Batata
|
8514
|
15232
|
27502
|
6971
|
18834
|
2251
|
1707
|
6614
|
87625
|
Baterraba
Sacarina
|
-
|
-
|
982
|
-
|
30463
|
12597
|
-
|
747
|
44789
|
Total
|
72677
|
27439
|
98251
|
23769
|
182811
|
197086
|
6037
|
8395
|
616465
|
Potencial de produção de bioetanol
A produção de biodiesel é feita a
partir de gordura vegetal ou animal, sendo as culturas mais frequentes as
seguintes:
-
Soja – fraco potencial
- Colza – potencial por apurar
- Girassol – potencial eventualmente
interessante para algumas variedades
- Palma – fraco potencial
- Jatropha Curca (pinhão manso) –
potencial por apurar
Política energética
A Directiva 2003/30/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 8 de Maio (Utilização de biocombustívies e combustívies renováveis nos transportes) estabeleceu o valor de incorporação de biocombustíveis de 5,75% até 2010 e de 20% até 2020.
O Decreto-Leo 62/2006 de 21 de Março (Transpõe para a Ordem Jurídica Nacional a Directiva 2003/30/CE), sendo um dos documentos que apoiava a “Estratégia Nacional para a Energia”, RCM nº 169/2005 de 24 de Outubro de 2005, em que se pretendia que os biocombustíveis utilizados nos transportes aumentam de 5,75% dos combustíveis rodoviários para 10% em 2010.
Outro documento que pretende dar um incentivo a esta incorporação é o Decreto-Lei 66/2006, de 22 de Março (Altera o Cód. Dos Impostos Especiais sobre o Consumo, consagrando a isenção de ISP aos biocombustívies integrados na gasolina e no gasóleo).
Cenário actual
A nível nacional a meta de 5,75% que foi aumentada recentemente para 10% na nova Estratégia Nacional para a Energia, apresenta-se deficil de cumprir.
Actualmente as grandes produtoras de biocombustíveis – biodiesel – são a Iberol e a Torrejana, detida pela Tracopol (base soja e colza). Estas duas empresas têm uma capacidade instalada de 200 mil toneladas que é adquirida na totalidade pela Galp. Isto permitiu atingir os 3% de penetração.
Novos projectos da Martifer, Enersis e Galp vão permitir atingir o valor de cerca de 700000 toneladas em 2010. No entanto em termos de área agrícola necessária a GALP aponta para 700000 e 1000000 de ha, o que não existe em Portugal a não ser que terrenos destinados à produção alimentar mudem para produção energética.
Esta fraca produção e utilização deve-se a uma série de constrangimentos de caris não tecnológico:
- Escassez de terra disponível para a produção das culturas fonte, criando uma falta de matéria-prima, apesar de por vezes as culturas estarem condenadas a ficar na terra ou a irem para o lixo por falta de qualidade, quando o potencial energético poderia significar um lucro considerável.
- A baixa produtividade agrícola Portuguesa.
- Concorrência com os produtos alimentares.
- Custo elevado da matéria-prima e do processamento industrial devido a baixa produtividade.Custo elevado na recolha e transporte da matéria-prima nos casos do aproveitamento dos resíduos florestais para a produção de etanol.
- Instabilidade dos preços.Acordos internacionais e europeus que limitam a produção e utilização dos subprodutos da cadeia de produção dos biocombustíveis.
- Custos elevados dos biocombustíveis, devido aos factores já enumerados, face aos combustíveis convencionais.
Fontes e referências
Comissão das Comunidades Europeias
AEBIOM – Associação Europeia de Biomassa
DGEG – Direcção Geral de Energia e Geologia
INETI – Instituto Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial
Portal do Governo
Diário de Notícias Online
Quercus